quarta-feira, 10 de junho de 2009

As bandas da minha vida

Agora, voce vai conhecer um pouco mais da minha vida de músico
Eu sempre tive problemas com meu pai sobre tocar, principalmente em uma banda de rock. O meu pai é fã fanático de samba, filho de Manoel de Sant'Anna, compositor que ficou famoso nos anos 50 no Rio de Janeiro por ganhar o concurso de sambas local com a música "Se é pecado sambar". O problema é que o meu avô largou a minha avó por causa da música, e meu pai como filho mais velho teve que, aos 12 anos de idade, sustentar toda a família trabalhando. Isso traumatizou ele.
Quando eu tinha uns 15 anos, eu comecei a acompanhar de perto a banda Concreto-DF, tentando ajudar na parte de cabos e mesa de som, voltei para o Rio de Janeiro por um ano, toquei baixo na banda liberdade condicional (uma banda de amigos da banda do Colégio Militar de lá) e, quando voltei eles precisavam de um guitarrista. Não tive dúvidas fui tocar com eles. Uns 6 meses depois a banda morreu de vez por falta de local para ensaiar. Essa banda hoje está ativa, e eu gostaria de dar toda a minha força aos meninos.
Comecei a tocar com uns caras bem melhores que eu, aprendi muito com eles, e fui tocar na banda Venturis Ventis, onde passei mais de um ano estuprando os ouvidos do velho ensaiando no quintal de casa, até uma velha doida que morava do outro lado da rua me denunciar na delegacia por perturbar a ordem da rua (quase que eue processo a velha no final das contas).
O tempo passou e eu, por causa do serviço, viajei muito, morei em vários locais do Brasil, mas finalmente voltei para Brasília, agora já casado, com uma enteada que me adotou como pai.
Procurei as antigas "más companhias" e montamos um trio de 1 guitarra, 1 violão e uma voz feminina, eu, minha mulher e meu quase irmão Natt Douglas (puta guitarrista). Compomos algumas músicas e eu e Natt fomos chamados para tocar eu uma banda que estava se formando: a Ogiva Azul. Essa banda tinha um dos melhores bateristas (Ney Cézar) do meu bairro, um dos melhores guitarristas do bairro (o Natt), um grande compositor (Nilton José), mas falhavamos na união da banda. Foram 2 anos de muitas músicas incríveis, muita briga e poucos shows. Acabada a banda, o Natt ficou puto e parou definitivamente de tocar, eu tentei parar também, mas o vício falou mais alto e fui tocar em uma banda a mais de 30 kilômetros de onde morava. Foi bom enquanto durou, mas nessa distância...
Parti para a idéia de montar a minha própria banda, procurei pessoas em jornais, internet e achei outra pessoa com o mesmo sonho: Cláurio. O cara é o compositor, letras densas que nem sempre foram bem entendidas pelos otros membros da banda. Resultado: a banda rachou em 3, Nínguem (nome da original) que ficou com o Cláurio, Matula Ópio com Rommel e Stênio e eu com a Diferencial Zero, na qual estou até hoje e, se puder, morro nela.

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